Sobre Nós
Por Marcelo Mendes.
O Raio da Silibrina…
Uma história para ser contada quando educar é muito mais do que o ” beabá ” da sala de aula. Quando educar é a ferramenta de reconhecimento do resgate e preservação do saber e do fazer.
O termo ” raio da Silibrina ” surge pra mim , entre tantas outras significações, como o desenho de uma personalidade marcante. A expressão, no linguajar popular, pode ser conferida a uma pessoa : sagaz, danada, ” safa” e destemida.
” Se trata de uma operação fonética-numerológica , uma conta de somar com letras em vez de números: silibrina = sabedoria +biblioteca+adrenalina ” [ Bráulio Tavares, escritor paraibano]
Pois bem, por este aspecto, me dou ao direito de definir dona Genilda Maria da Penha como sendo “um raio de mulher”. Pra se entender melhor este contexto, se faz necessário voltar aos anos de 1988. Na época, um grupo de mulheres choravam a morte de familiares numa chacina. Um caso que abalou a opinião pública. Numa espécie de catarse, a educadora e ativista não se permitiu ser apenas espectadora daquela cena vista numa tela de TV.
E, literalmente, como um raio, não pensou duas vezes ao criar o CEABIR – Centro de Estudos Afro Brasileiro Ironides Rodrigues. Só pra se fazer lembrar: Uma justa homenagem, ao mineiro de Uberlândia – jornalista, crítico e um dos colaboradores do Teatro Experimental do Negro, no Rio de Janeiro – e que ao se formar em Direito dedicou seu diploma ” aos negros, operários, gays marginalizados, às prostitutas perseguidas e ao índio brasileiro. Quanta coerência, quanta exatidão !
Genilda Maria da Penha- Fundadora do CEABIR
Ironides Rodrigues , jornalista e advogado
E, literalmente, como um raio, não pensou duas vezes ao criar o CEABIR – Centro de Estudos Afro Brasileiro Ironides Rodrigues. Só pra se fazer lembrar: Uma justa homenagem, ao mineiro de Uberlândia – jornalista, crítico e um dos colaboradores do Teatro Experimental do Negro, no Rio de Janeiro – e que ao se formar em Direito dedicou seu diploma ” aos negros, operários, gays marginalizados, às prostitutas perseguidas e ao índio brasileiro. Quanta coerência, quanta exatidão ! Genilda Maria da Penha- Fundadora do CEABIR E, literalmente, como um raio, não pensou duas vezes ao criar o CEABIR – Centro de Estudos Afro Brasileiro Ironides Rodrigues. Só pra se fazer lembrar: Uma justa homenagem, ao mineiro de Uberlândia – jornalista, crítico e um dos colaboradores do Teatro Experimental do Negro, no Rio de Janeiro – e que ao se formar em Direito dedicou seu diploma ” aos negros, operários, gays marginalizados, às prostitutas perseguidas e ao índio brasileiro. Quanta coerência, quanta exatidão !
E não poderia ser diferente. De lá pra cá , o Centro vem atuando de forma incisiva na garantia de direitos, educação, cultura, geração de emprego e renda , no empoderamento da mulher negra e , com uma atenção especial, para o desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens .
E não parou por aí , a participação no projeto ” Terreiro Legal “, da Renafro – Rede Nacional de Religiões Afro Brasileiras e Saúde, foi determinante para que as raízes fossem fincadas e se ramificasse definitivamente com a entrada das 3 filhas nessa militância matriarcal .
Um braço forte na missão de treinar e levar informação aos sacerdotes e adeptos das religiões de matrizes africanas sobre o conhecimento e os aspectos legais do direito à liberdade de crença e religião.
Um projeto que o Ceabir se orgulha de ter participado e de render reverência ao criador, José Marmo da Silva.
Um dentista e educador carioca, nascido na Baixada Fluminense, e como um bom militante e filho de Oxóssi ( o orixá da caça e o provedor familiar ) soube com maestria lincar os saberes das religiões de matrizes africanas com o objetivo de promover políticas públicas de saúde e educação.
“Esses conhecimentos que foram preservados ao longo dos séculos são instrumentos vitais para a manutenção de uma tradição deixada em terras brasileiras por seus ancestrais “
José Marmo da Silva, dentista e educador
Após seu falecimento, em 2017, sua coleção com cerca de 400 intens foi doada à Biblioteca da Fiocruz. Um acervo valioso para todos aqueles que apoiam e lutam contra o racismo e a desigualdade social no país.
E, novamente , dona Genilda parece ter feito a coisa certa ao participar de projetos da grandeza do ” Terreiro Legal “. Era como se ela já pudesse antever toda essa onda de ataques aterrorizantes de intolerância religiosa.
” Você nunca deve ter medo do que está fazendo quando está certo “
Rosa Parks, ativista norte-americana
E, hoje, mais de três décadas depois, o CEABIR esbanja fôlego e, sobretudo, reafirma que o ” raio” impulsionador continua produzindo faíscas e movendo a equipe. A criação de um site é mais um novo capítulo desta história . É avançar… ir além numa proposta desafiadora.
A intenção é provocar reações, incitar curiosidades e atrair os olhares da comunidade. Uma forma de aproximar ainda mais a comunicação com o povo da Engenhoca – lá na zona norte de Niterói, com o povo de santo, com o povo negro, com você… com geral! Pra fazer valer aquilo que lhes é negado diariamente: o respeito, a equidade e a liberdade.
Um canal aberto para discussões, questionamentos e compartilhamento de informações. E lógico… contando histórias como um Griô – aquele que é o que é pelo reconhecimento e por guardar a história, a ciência, o saber e o fazer de uma comunidade, família ou grupo. Aquele mestre que luta para manter viva a identidade de uma comunidade e a tradição da cultura popular e afro brasileira – seja por meio da dança, do Jongo e da percussão.
Como um cordão umbilical, o site é por si o elo que vai alimentar nossas memórias e ancestralidade. Um espaço dentro e no nosso tempo. Que vai mexer com você… que vai provocar um frêmito capaz de encorajar qualquer criatura a apostar naquilo que estar por vir. O próximo. E que ninguém ouse a pensar ao contrário.
E, hoje, mais de três décadas depois, o CEABIR esbanja fôlego e, sobretudo, reafirma que o ” raio” impulsionador continua produzindo faíscas e movendo a equipe. A criação de um site é mais um novo capítulo desta história . É avançar… ir além numa proposta desafiadora.
A intenção é provocar reações, incitar curiosidades e atrair os olhares da comunidade. Uma forma de aproximar ainda mais a comunicação com o povo da Engenhoca – lá na zona norte de Niterói, com o povo de santo, com o povo negro, com você… com geral! Pra fazer valer aquilo que lhes é negado diariamente: o respeito, a equidade e a liberdade.
Um canal aberto para discussões, questionamentos e compartilhamento de informações. E lógico… contando histórias como um Griô – aquele que é o que é pelo reconhecimento e por guardar a história, a ciência, o saber e o fazer de uma comunidade, família ou grupo. Aquele mestre que luta para manter viva a identidade de uma comunidade e a tradição da cultura popular e afro brasileira – seja por meio da dança, do Jongo e da percussão.
Como um cordão umbilical, o site é por si o elo que vai alimentar nossas memórias e ancestralidade. Um espaço dentro e no nosso tempo. Que vai mexer com você… que vai provocar um frêmito capaz de encorajar qualquer criatura a apostar naquilo que estar por vir. O próximo. E que ninguém ouse a pensar ao contrário.
” Estamos cansados de saber que nem na escola, nem nos livros onde mandam a gente estudar, não se fala da efetiva contribuição das classes populares, da mulher, do negro na nossa formação histórica e cultural. Na verdade, o que se faz é folclorizar todos eles “
[ Lélia Gonzalez, filósofa e antropóloga brasileira]
Diga aí… é ou não é o raio? Se permita, então, a navegar por nossos links. Caia na tentação de olhar por essa grande janela e atento aos sinais descobrir o prazer de ser o que é.
” Temos que falar sobre libertar mentes tanto quanto sobre libertar a sociedade “
Angela Davis, filósofa norte-americana